25 de outubro de 2012 | 08h03
Texto atualizado às 16h52
HAVANA - O furacão Sandy, que se fortaleceu rapidamente depois de atravessar o mar quente do Caribe, atingiu o sudeste de Cuba nesta quinta-feira, com ventos de 177 km/h que cortaram a energia e arrancaram árvores em toda a cidade de Santiago de Cuba.
Veja também:
Tempestade Sandy vira furacão e chega à Jamaica
Tempestade tropical Sandy segue para Jamaica, e depois Cuba
CURTA NOSSA PÁGINA NO FACEBOOK
Um repórter da televisão cubana, relatando por telefone da segunda maior cidade da ilha comunista, segurou o telefone perto de uma janela para que os espectadores pudessem ouvir os ventos rugindo. Segundo ele, o furacão deixou a cidade "completamente escura" e criou uma situação "muito tensa".
Ele disse que o furacão de categoria 2 derrubou muitas árvores por toda a cidade de 500 mil pessoas, situada a 756 quilômetros a sudeste da capital Havana.
O olho da tempestade chegou à costa, no oeste da cidade, com ondas de até 9 metros e uma elevação do nível do mar de 2 metros, que causou extensas inundações na costa, informou José Rubiera, do serviço meteorológico cubano, em uma reportagem para a televisão.
Um furacão de categoria 2 tem ventos entre 154 e 177 km/h, o que deixa Sandy a um triz de se tornar um furacão de categoria 3 na escala de intensidade que vai de 1 a 5.
O Centro Nacional de Furacões dos EUA, em Miami, informou rajadas de até 183 km/h, mas Rubiera afirmou que uma estação meteorológica em Gran Piedra, uma formação rochosa perto de Santiago de Cuba, teve rajadas de até 245 km/h.
Pelo menos 55.000 pessoas foram retiradas de casa antes da chegada de Sandy, disseram autoridades cubanas, principalmente por causa das expectativas de inundações. O governo de Cuba, anunciou também a retirada de 450 turistas de resorts próximos a Santiago. De acordo com a Defesa Civil da ilha, as chuvas ainda podem afetar cerca de 200 mil cubanos.
Meteorologistas disseram que a tempestade iria atravessar a ilha em poucas horas, indo em direção a Bahamas, onde foram emitidos alertas de furacão para as ilhas Ragged, no sudeste.
Mortes
Quando o furacão passou pela Jamaica, na quarta-feira, um idoso foi morto por uma rocha que atingiu sua casa de papelão. No sudoeste do Haiti, uma mulher morreu ao ser levada pelo rio que tentava atravessar em Camp-Perrin e outra morreu na pequena cidade de Coteaux.
Guantánamo
Sandy também deve passar perto da base naval norte-americana em Guantánamo. O Exército dos Estados Unidos alertou as 5,5 mil pessoas que vivem no local para iniciarem preparações para o furacão. Autoridades afirmaram que não há perigo para os 166 detentos mantidos na prisão.
Com AP e Reuters
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.