Furacão Irene inunda Vermont e Nova Jersey mas poupa Nova York

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Por Redação
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Nova Jersey e Vermont enfrentam nesta segunda-feira sua pior inundação em várias décadas, um dia depois da passagem do furacão Irene, que causou chuvas fortes, arrastou casas e deixou bairros inteiros submersos. Poupada da pior fúria do Irene, a cidade de Nova York voltou ao trabalho nesta segunda-feira, apesar do transporte público parcialmente paralisado e da falta de energia que atinge 100 mil casas e empresas na região metropolitana. Mais de 12 mil voos foram cancelados na Costa Leste dos Estados Unidos, e a normalização dos serviços pode levar três dias, segundo a Associação do Transporte Aéreo. Ao todo, cerca de 5,5 milhões de lares e empresas continuam sem energia no trecho de litoral entre a Carolina do Norte e o Maine, e as empresas dizem que em alguns lugares o conserto pode levar semanas. O prejuízo total pode chegar a 20 bilhões de dólares, segundo Beth Ann Bovino, economista-sênior do Standard & Poor's. Muitos desses danos podem não estar cobertos por seguros, já que as apólices para moradias geralmente não cobrem inundações. Em Fairfield, Nova Jersey, cerca de 20 casas perto do rio Passaic ficaram cobertas por até 1,5 metro de água. Alguns moradores saíram de lá com água pelo peito ou em botes. Testemunhas disseram que foi a maior inundação de que se tem lembrança no lugar, superando as de 1968 e 1984. A tempestade, que já havia matado três pessoas na República Dominicana e outra em Porto Rico, deixou 21 vítimas fatais na sua passagem pelos EUA. "Vai demorar para que nos recuperemos de uma tempestade dessa magnitude", disse o presidente norte-americano, Barack Obama, a jornalistas em Washington. "Os efeitos ainda estão sendo sentidos em grande parte do país, inclusive na Nova Inglaterra e em Estados como Vermont, onde houve enormes inundações. Vou assegurar que a Fema (Agência Federação de Gerenciamento de Emergências) e outras agências façam de tudo ao seu alcance para ajudar as pessoas no terreno." Autoridades de Vermont dizem que essa é a pior inundação no Estado desde 1927. Lentamente, os serviços aéreos foram sendo retomados nos três aeroportos que atendem Nova York. Os mercados financeiros operaram normalmente, mas com volume reduzido. O metrô de Nova York também foi regularizado, mas os trens de subúrbio e os serviços da Amtrak com destino à cidade continuam sendo afetados por inundações ou por árvores e outros detritos caídos nos trilhos. Enquanto o Irene não produziu a devastação esperada por muitos, quando a cidade de Nova York preventivamente ordenou um esvaziamento sem precedentes de casas e edifícios e o desligamento de seu gigantesco sistema de trânsito no sábado, a tempestade ainda deixou danos causados por inundações, especialmente em Nova Jersey e Vermont. (Reportagem de Christine Kearney, em Fairfield, Nova Jersey; de Scott Malone, em Brattleboro, Vermont; de Karen Pierog, em Chicago; de Svea Herbst-Bayliss e Lauren Keiper, em Boston; de Ben Berkowitz, Josh Schneyer e Edith Honan, em Nova York; de Tabassum Zakaria e Jeff Mason, em Washington; de David Warner, em Filadélfia; de Beth Gladstone, em Atlantic City, Nova Jersey; e de Matthew Goldstein, em Millburn, Nova Jersey)

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