EUA preveem aumentar suas emissões de gases do efeito estufa em 4% até 2020

HFCs, gases adotados para proteger a camada de ozônio, devem ganhar importância nas próximas décadas

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Em sua primeira grande prestação de contas à ONU sobre mudança climática emitida em quatro anos, os Estados Unidos projetam um aumento em suas emissões de gases causadores do efeito estufa em 4%.

 

Este é o primeiro relatório do tipo produzido no governo Obama, e inclui uma previsão de aumento de 1,5% nas emissões de CO2, o principal gás causador do aquecimento global produzido pela queima de combustíveis fósseis.

 

Mas são os HFCs - adotados para substituir os gases que atacam a camada de ozônio - que têm o papel principal.

 

Embora os HFCs sejam apenas 2% do total de gases causadores do aquecimento global, sua fração deve crescer a um terço de todos os gases causadores do efeito estufa até meados do século.

PUBLICIDADE

Isso, principalmente, porque foram promovidos, sob o Protocolo de Montreal de 1987, como uma cura para o buraco da camada de ozônio.

 

"Uma grande porção dos crescimentos de emissões é impulsionada pelos HFCs, que devem mais que dobrar entre 2005 e 2020, à medida que são mais extensamente usados como substitutos de substâncias que atacam o ozônio", diz o relatório apresentado à ONU pelo Departamento de Estado.

 

No texto, o governo Obama renova sua promessa de que o esforço do mundo industrializado para ajudar os países pobres a enfrentar as consequências da mudança climática começará neste ano.

Publicidade

 

O governo diz que vai "contribuir com sua parte do financiamento pelo mundo desenvolvido, de cerca de US$ 30 bilhões para 2010-2012".

O fundo de US$ 30 bilhões, que deve chegar a US$ 100 bilhões ao ano até 2020, foi um elemento chave no acordo negociado por Obama com os líderes da China e outros países em desenvolvimento na cúpula climática da Dinamarca, realizada em 2009.

O quinto resumo dos EUA para ação contra a  mudança climática, um, relatório de quase 200 páginas, atualiza os trabalhos enviados anteriormente às nações Unidas. O anterior havia sido elaborado em 2006, sob o governo George W. Bush.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.