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EUA oferecerão 'parte justa' para combater mudança climática

Países projetam na cúpula da ONU criar um fundo de US$ 10 milhões anuais para minimizar efeitos das emissões

Por Efe
Atualização:

Os Estados Unidos oferecerão "a parte justa" dos US$ 10 bilhões anuais calculados como mínimo para minimizar as consequências das emissões de dióxido de carbono (CO2) nos países em desenvolvimento. Assim afirmou nesta segunda-feira, 7, em Copenhague, o subdelegado da missão americana na cúpula da ONU, Jonathan Pershing, em entrevista coletiva no primeiro dia da cúpula da ONU sobre mudança climática (COP15), que acontecerá até 18 de dezembro.

 

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Esta quantia foi considerada por diferentes organismos às vésperas da conferência e qualificada de realista pelas partes em negociação, mas várias organizações ambientalistas consideram insuficiente e afirmam que seriam necessários mais de US$ 100 bilhões.

 

O ministro do Meio Ambiente sueco, Andreas Carlgren, cujo país ocupa este semestre a Presidência rotativa da União Europeia (UE), disse que o bloco europeu quer reduzir suas emissões em 30%, mas acrescentou que as propostas da China e dos Estados Unidos "ainda não são suficientes".

 

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A UE, representada pela Presidência rotativa sueca em Copenhague, propõe diminuir suas emissões em 20% em 2020, taxa que poderia aumentar para 30% se outros países realizarem esforços semelhantes.

 

Carlgren disse que o sucesso de Copenhague dependerá dos compromissos dos EUA e da China, e afirmou também que seria "surpreendente" que o presidente americano, Barack Obama, fosse à cúpula na próxima semana apenas para repetir os propósitos que a Casa Branca já comunicou há dias.

 

Washington ofereceu uma redução de suas emissões de 17% em 2020 em comparação ao nível de 2005. No entanto, tomando como referência de 1990, como fazem a UE e outros países industrializados, a proposta dos EUA representa um corte de apenas 4%.

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Carlgren descartou que a UE anunciem esta semana uma redução de suas emissões de 30%, pois seu objetivo é "manter a pressão ao máximo" sobre as outras partes "até o último minuto de partida".

 

A chefe da delegação técnica espanhola e diretora geral do Escritório de Mudança Climática, Alicia Montalvo, disse à Agência Efe que a "prudência" das medidas propostas por Washington e Pequim é porque as duas potências "só olham uma para a outra". "É preciso quebrar essa barreira e que o círculo vicioso se transforme em um círculo virtuoso", afirmou Montalvo. Pequim propôs uma redução de entre 40% e 45% da intensidade energética (emissão de CO2 por unidade de PIB) em 2020 em comparação aos níveis de 2005.

 

A representante espanhola considerou que, após esses dois países "apostarem de forma decisiva" na luta contra a mudança climática e nas energias renováveis, "liderarão a mudança tecnológica".

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