18 de novembro de 2009 | 08h29
Estados Unidos e China mudaram ontem o discurso e deram novo impulso à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), que ocorrerá no mês que vem em Copenhague. Reunidos em Pequim, os presidentes Barack Obama e Hu Jintao divulgaram uma declaração conjunta em que dizem que os países desenvolvidos devem apresentar metas de redução de CO2 na atmosfera. No domingo, líderes mundiais haviam afirmado que nada de concreto sairia até 2010.
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No entanto, o texto não fala literalmente que EUA e China teriam suas metas próprias. O documento avança também na questão do financiamento, afirmando que deve haver "uma ajuda financeira às nações em desenvolvimento e ações para a preservação de florestas e de apoio aos países pobres e vulneráveis no processo de adaptação à mudança climática".
Depois de se reunir com o líder chinês por duas horas, Obama afirmou que os dois lados concordaram em trabalhar para "um resultado positivo" em Copenhague. "Nosso objetivo não é um acordo parcial ou uma declaração política, mas um tratado que cubra todos os temas que estão em negociação e tenha efeito operacional imediato", disse o presidente norte-americano, em coletiva de imprensa.
No domingo, havia sido divulgado que os líderes da Ásia, Europa e EUA acreditavam apenas que poderia ser fechado justamente um acordo "politicamente vinculante", ou seja, um compromisso político de que algo seria feito no futuro. Mesmo assim, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, declararam na segunda-feira que ainda tinham esperança em um acordo. Ontem, Obama afirmou que o compromisso "seria um passo importante no esforço de reunir o mundo em torno da solução para o desafio climático". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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