
19 de setembro de 2014 | 13h22
O evento de um dia em Nova York, convocado pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, almeja mobilizar a vontade política para um acordo sobre a mudança climática a ser firmado em Paris em dezembro de 2015, e lançar iniciativas que unam o empresariado e outros setores para reduzir as emissões de efeito estufa e fortalecer a resistência climática.
Mas a Oxfam, entidade que combate a pobreza e desigualdade em todo o mundo, alertou nesta sexta-feira que os 125 líderes agendados para discursar “devem apresentar poucas novidades”.
“A ação voluntária do setor privado não bastará por si só. Precisamos de uma liderança política forte e de regulamentações governamentais ambiciosas para catalisar a ação global que tanto a ciência quanto um número crescente de pessoas de todo o mundo exigem”, declarou a diretora-executiva da Oxfam, Winnie Byanyima.
“Os líderes mundiais estão se comportando como se tivéssemos tempo para brincar, mas no fim das contas estão brincando com as vidas das pessoas.”
Os governos prometeram tentar limitar o aquecimento global a dois graus Celsius, mas especialistas afirmam que os compromissos atuais de reduzir os gases de efeito estufa colocam o mundo a caminho de um aumento de tempeatura de 3 a 4 graus.
Nesta sexta-feira a Oxfam disse que desastres relacionados ao clima custaram ao mundo quase meio trilhão de dólares desde que os líderes mundiais se reuniram em Copenhague em 2009 e saíram sem um acordo climático obrigatório. Mais de 650 mil pessoas foram afetadas por estes desastres, que cobraram mais de 112 mil vidas, acrescentou a entidade.
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