O Governo do Equador propôs na Cúpula dos países que compartilham a bacia amazônica, realizada nesta quinta-feira, 26, em Manaus, que as nações ricas paguem uma "dívida ecológica" a aquelas que não contribuíram na poluição mundial.
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Em comunicado emitido hoje em Quito, o chanceler equatoriano, Fander Falconí, que participou da reunião, disse que "é necessário ter presente que do excesso de emissões por habitante no planeta deriva uma responsabilidade ambiental histórica e atual que deve ser calculada e concretizada".
"É responsabilidade dos Governos tomar medidas e, para os Governos de países que historicamente não temos nenhuma ou pouca culpa, o que procede é reivindicar a dívida ecológica", enfatizou Falconi.
Disse também que "há vários estudos que mostram cálculos sérios da dívida climática" e apontou que as "emissões anuais per capita de dióxido de carbono, em países europeus, estão acima das 10 toneladas e nos EUA quase alcançam 20 toneladas".
Acrescentou que "a média mundial é de cerca de quatro toneladas (por habitante), mas muitos países pobres do mundo estão abaixo dessa média. A humanidade em conjunto tem que reduzir as emissões em 50% ou 60%, quanto antes melhor", segundo relatórios do Painel Internacional de Mudança Climática.
O chanceler equatoriano afirmou que seu país "vai inclusive além da mera exigência da dívida ecológica, consciente que queimar as reservas de carvão, petróleo e gás, ao ritmo atual, leva a um desastre climático".