Cientistas encontraram mais de 200 novas espécies de sapos em Madagáscar. No entanto, essas novas espécies estão sendo prejudicadas por uma crise política que impede a conservação da vida selvagem na ilha, apresentou um estudo nesta quarta-feira, 6.
Fotos: Reuters
A descoberta, que praticamente dobrou o número de anfíbios conhecidos em Madagáscar, ilustra o quanto as riquezas naturais têm sido subestimadas na região, que movimenta cerca de US$ 390 milhões por ano em turismo.
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No entanto, meses de instabilidade, que culminaram em uma troca de governo depois de protestos da população, comprometeram a conservação das espécies selvagens da região.
"A instabilidade política está permitindo o desmatamento da floresta dos parques nacionais, gerando muita incerteza sobre o futuro da rede já planejada de áreas protegidas", disse David Vieites, pesquisador do Spanish National Natural Sciences Museum.
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A quarta maior ilha do mundo, conhecida por suas criaturas exóticas como o lêmur e os sapos venenosos, é um dos pontos mais ricos em biodiversidade do mundo.
Mais de 80% dos mamíferos em Madagáscar não são encontrados em nenhum outro lugar do mundo, enquanto quase todos os 217 anfíbios conhecidos anteriormente na região são considerados pelos cientistas como nativos.
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"As pessoas pensam que conhecemos todos os animais e plantas vivos nesse planeta", disse Miguel Vences, professor da Technical University, "mas décadas de descobertas apenas começaram - a maior parte das formas de vida sobre a Terra ainda esperam por reconhecimento científico."