Embaixador chinês diz que divisões ameaçam conversas climáticas

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Por CHRIS BUCKLEY
Atualização:

Países ricos e em desenvolvimento têm pouca esperança de superarem grandes desacordos sobre como enfrentar o aquecimento global, disse o embaixador da China para mudanças climáticas nesta quarta-feira, alertando para um ano de difíceis negociações. O representante especial para negociações sobre mudanças climáticas da China, Yu Qingtai, disse que apesar de os países buscarem um novo tratado global para o clima até o final de 2010, membros chave dificilmente mudarão suas posições nos assuntos que impediram um acordo mais firme na cúpula de Copenhague sobre o clima no final de 2009. "Podem haver alguns ajustes e mudanças nas posições e táticas de vários lados, mas eu acredito pessoalmente que em alguns assuntos principais, as posições dos grandes países não sofrerá mudanças significativas", disse Yu durante reunião em Pequim sobre as políticas da China para o clima. Depois de fracassarem para chegar a um acordo abrangente em Copenhague, negociadores agora esperam elaborar um tratado que comprometa seus integrantes nas reuniões que culminarão no México no final deste ano. Yu não estava otimista. "Podemos esperar que neste ano, ainda haverá uma mistura de consenso e conflito, de cooperação e disputa, no palco da diplomacia climática", disse ele. "O progresso das negociações internacionais enfrenta muitas dificuldades." Os comentários de Yu se juntaram às recentes previsões já pessimistas sobre as negociações climáticas, assunto que poderia aumentar as tensões com os Estados Unidos. Chegar a um acordo climático da ONU em 2010 será "muito difícil", disse o chefe da ONU sobre o Clima, Yvo de Boer, na terça-feira.

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