18 de maio de 2011 | 16h06
Bruxelas - Ativistas do Greenpeace Europa bloquearam nesta quarta-feira durante uma hora a entrada de um importante fórum empresarial celebrado em Bruxelas para protestar pela falta de compromisso de algumas grandes companhias com o clima.
Cerca de 170 pessoas se colocaram diante das portas do edifício Tour & Táxis de Bruxelas, onde é celebrada conferência, e algumas chegaram a subir no telhado do prédio, explicou a organização ambientalista.
A mobilização foi organizada para denunciar a atitude de companhias reticentes a reduzir em 30% as emissões de CO2 até 2020.
A Polícia belga deteve dezenas de ativistas antes de conseguir acabar com o bloqueio.
O Greenpeace ressaltou nesta quarta-feira os benefícios de se manter uma política climática forte e estimular o investimento em tecnologias que respeitem o meio ambiente.
Além disso, citou os resultados de um estudo recente, que revela que elevar para 30% o compromisso europeu de redução de emissões poderia gerar um lucro de mais de 600 bilhões de euros em 2020.
"Temos uma escolha. Podemos ter uma economia competitiva e moderna ou uma defasada e exposta à volatilidade dos preços do combustível e dos grandes poluidores", disse o chefe da campanha europeia sobre clima e energia do Greenpeace, Dimitris Ibrahim.
Ibrahim lembrou que neste mês várias grandes companhias se uniram ao movimento de empresas preocupadas com o clima.
Para o Greenpeace, chegar aos 30% é o primeiro passo para fazer com que os países desenvolvidos se comprometam a diminuir os níveis de dióxido de carbono em 40% em relação as taxas de 1990 e evitar que a temperatura do planeta se eleve acima dos dois graus centígrados.
O debate sobre qual deve ser a meta europeia de redução nas emissões de CO2, atualmente fixada em 20%, será retomado pelos ministros do Meio Ambiente europeus em junho.
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