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Na COP-26, ONG chama atenção para a 'situação crítica' da Amazônia: 'Emergência'

Diretora da Amazon Watch falou em coletiva de imprensa na Convenção do Clima, que ocorre na Escócia. A floresta, diz, está 'num ponto de viradda'

Foto do author Célia Froufe
Por Célia Froufe (Broadcast)
Atualização:

A diretora-executiva da ONG Amazon Watch, Leila Salazar-López, disse nesta quinta-feira, 4, que a situação da floresta é crítica. “A Amazônia está num ponto de virada. A Amazônia está em estado de emergência”, alertou durante entrevista coletiva à imprensa realizada na Convenção do Clima (COP-26), em Glasgow, na Escócia.

ONG chama atenção para a 'situação crítica' da Amazônia: 'Emergência' Foto: Mauro Pimentel/AFP - 15/10/21

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Ela salientou que muito se fala em cifras no evento sobre ajudar a região, mas poucas ações práticas têm sido vistas. “Ouvimos nos últimos dias bilhões para proteger índios, florestas”, disse. É preciso, no entanto, segundo a diretora, excluir financiamentos de atividades do setor de petróleo e de outros combustíveis fósseis em todo o mundo.

Especificamente sobre a região, ela destacou que há empresas desse segmento no Equador, no Peru e em “todo o entorno da Amazônia”. “Não temos mais tempo. Temos que estancar os financiamentos para estancar a degradação.”

O líder indígena Huitoto Muruy, Jorge Perez, falou que há comunidades com problemas de alimentação básica e que em algumas áreas estão com água contaminada por esse tipo de atividade, com pessoas com sérios problemas de saúde. O que ele quer é que os responsáveis assumam essa responsabilidade e parem de criar problemas ambientais.

O governo não quer ou não pode responder à pergunta sobre o pedido do fim da atividade exploradora no Peru. “Pedimos à autoridades, às instituições financeiras, aos bancos para quem nos acompanhem nas nossas demandas e que essas atividades não signifiquem um problema para os povos.”

Outros representantes de ONGs e de tribos indígenas que estavam na coletiva também criticaram de forma forte a presença de petroleiras na região, contando exemplos de degradação da região e da interferência negativa sobre as comunidades locais. Da mesma forma, engrossaram o coro dos pedidos de paralisação do financiamento ao setor.

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