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Elefante do Bornéu pode ser originado de espécie indonésia

Paquiderme da ilha de Java, extinto há séculos, pode ter sido transportado para ilha asiática por Sulus

Por Efe
Atualização:

Os elefantes pigmeus da ilha de Bornéu - apenas mil exemplares vivos atualmente -, na Ásia, podem ser os últimos sobreviventes de uma raça de paquidermes de Java, na Indonésia, extintos há séculos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira, 16, pela organização World Wide Found (WWF). As origens do elefante de Bornéu, que se encontra em uma área do nordeste da ilha, sempre foi rodeada de mistério, pois tanto sua aparência como seus hábitos são diferentes de outros elefantes da Ásia, e os cientistas se perguntavam por quê ele nunca se espalhou por outras partes da ilha. Agora, a WWF acredita que este grupo de elefantes pigmeus foram salvos acidentalmente da extinção pelo sultão de Sulu - atualmente nas Filipinas -, quem os havia levado a Bornéu e abandonado na selva. Os elefantes de Java se extinguiram em algum momento depois que os europeus chegaram ao sudeste da Ásia, e os últimos elefantes de Sulu, que nunca foram considerados nativos porém se sabia que procederam de Java, foram eliminados nas primeiras décadas do século XIX. "Os elefantes eram transportados de um lugar a outro na Ásia fazem muitos séculos, normalmente como presentes entre os dirigentes", afirmou Shim Phyau Soon, um antigo guarda florestal malaio, cujas idéias sobre as origens dos elefantes inspiraram o estudo. Se os elefantes pigmeus de Bornéu são na realidade originários de Java, uma ilha situada a mais de 1,2 mil quilômetros de distância, seria o primeiro transporte de espécies da história que sobreviveu aos tempos modernos. Os cientistas resolveram em parte o mistério em 2003, quando provas de DNA feitas pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, e a WWF descartaram que os elefantes de Bornéu procediam de Sumatra, no continente asiático, onde se encontram outras subespécies asiáticas, deixando somente Bornéu e Java como possíveis locais de origem. O novo estudo, denominado Origens dos Elefantes Elephas Maximus L. De Bornéu, publicado neste mês no jornal do Museu Sarawak da Malásia, mostra que não há provas arqueológicas de uma presença a longo prazo dos elefantes em Bornéu.

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