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Economista defende repasse de custo ambiental aos preços

Para Sérgio Besserman, modelo clássico de crescimento econômico do século 20 não serve mais

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Por Redação
Atualização:
"A maior chance do Brasil para uma inserção competitiva na economia global é radicalizar na transição para uma economia de baixo carbono" Foto: Felipe Rau/Estadão

SÃO PAULO - O economista e professor da PUC-RJ foi um dos convidados do quinto encontro da série Fóruns Estadão Brasil 2018, que abordou questões ligadas ao Meio Ambiente. Confira uma síntese, em três perguntas, de sua visão sobre o assunto: 1. Como conciliar o desenvolvimento e a preservação ambiental?

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Sabemos hoje que os custos para o desenvolvimento econômico e social da degradação da capacidade da natureza de continuar a nos oferecer clima, água, solos, biodiversidade etc, são gigantescamente maiores do que os da preservação. 

2. O Brasil conseguiu um bom equilíbrio ambiental?

Tivemos um êxito importante na redução do desmatamento da Amazônia, mas continuamos a pensar a questão como se existisse uma dicotomia entre desenvolvimento e preservação. Na realidade, é o oposto. A maior chance do Brasil para uma inserção competitiva na economia global é radicalizar na transição para uma economia de baixo carbono; encontrar caminhos para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e outros biomas e, simultaneamente, “limpar” e tornar mais eficiente a nossa infraestrutura, que é péssima e porca.

3. O que podemos fazer para mitigar os efeitos nocivos do desenvolvimento desordenado? Primeiro tem de haver um acordo global para que o custo ambiental seja repassado às mercadorias. 

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