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Economia circular: avanço sustentável

JBS desenvolve diversas iniciativas para utilizar resíduos de suas cadeias produtivas como matéria-prima para a fabricação de outros produtos, como biodiesel, fertilizantes e piso verde

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Por JBS
6 min de leitura

Cada vez mais, os modelos de produção e de consumo têm se alinhado à construção de processos voltados ao reúso, transformação e reciclagem. O comportamento avança à medida que aumentam as adesões de empresas e de consumidores a ações que buscam diminuir descartes de resíduos e emissão de poluentes, conforme preconiza a economia circular, tema de um dos painéis do Summit ESG 2021.

Na JBS, líder global no setor de proteína e a segunda maior empresa de alimentos do mundo, iniciativas associadas à economia circular ganham cada vez mais força e escala em diferentes frentes. Incluem do uso de gordura proveniente de sua cadeia produtiva para a formulação de biodiesel à produção de fertilizantes.

“A JBS tem o compromisso com a sustentabilidade, e a economia circular faz parte desse objetivo para o negócio. Com isso, buscamos agregar valor a todos os subprodutos gerados a partir das nossas cadeias de produção”, explica Susana Carvalho, diretora executiva da JBS Ambiental e debatedora no painel Economia Circular do Summit ESG, que também teve a participação de Guilherme Brammer, CEO da Boomera.

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As iniciativas ligadas à economia circular têm contribuído para a redução das emissões. Em outra frente, a companhia desenvolveu uma solução inovadora que transforma aparas de embalagens plásticas multicamadas, utilizadas em produtos in natura, em calçadas verdes. Elas são tão resistentes quanto as que levam concreto (leia mais sobre o piso verde ao lado).

A produção de fertilizantes orgânicos e organominerais é uma das iniciativas mais recentes. Feitos com resíduos gerados nos confinamentos do grupo e obtidos nas unidades fabris, eles são uma alternativa para o agricultor, muito dependente da importação desse tipo de insumo, como lembra a diretora executiva da JBS Ambiental.

Em Guaiçara, no interior paulista, a JBS começou a construir sua fábrica de fertilizantes. Com isso, a companhia será a primeira do setor de alimentos no Brasil a atuar neste segmento.

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No tanque

Uma das primeiras iniciativas da JBS em economia circular, iniciada em 2007, envolve o aproveitamento de resíduos orgânicos do processo de produção e a coleta e compra de óleo de cozinha usado. “Juntos, os materiais que antes seriam descartados passam por um beneficiamento e ganham um novo papel, dessa vez como biodiesel”, diz Alexandre Pereira, diretor da JBS Biodiesel.

A JBS Biodiesel conta com duas unidades de produção de biodiesel (em Lins, interior de  São Paulo, e Campo Verde, em Mato Grosso). Até o fim do ano, a companhia planeja inaugurar a terceira fábrica, em Mafra (Santa Catarina). Sua capacidade será de 1 milhão de litros por dia. “Esse é um mercado cada vez mais demandado. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de biodiesel”, explica Pereira.

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Perto da comunidade

Hoje, além de comprar o óleo usado, a JBS atua diretamente na coleta a partir do programa Óleo Amigo, com escolas, igrejas e pontos comerciais que estão aptos a receber o óleo de cozinha trazido pela população.

Por meio de ações educativas, a empresa oferece aos alunos programas sobre a importância do descarte correto do produto. O valor arrecadado com a venda do subproduto é destinado a benfeitorias a todas as instituições, retornando à comunidade.

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“Estamos envolvidos nessa atividade muito antes de se falar de ESG (sigla em inglês que define o conceito socioambiental e de governança nas empresas). Esse é um caminho para uma atividade voltada à sustentabilidade e com rentabilidade para o negócio”, lembra o executivo.

O biodiesel da JBS é destinado principalmente ao mercado interno, onde a demanda é grande, mas já foi exportado para ser usado nos motores europeus. Em abril do ano passado, foi embarcado para o porto de Roterdã, na Holanda, um volume de 3,6 milhões de litros. O negócio só foi possível porque a companhia mantém, desde 2014, o International Sustainability and Carbon Certification (ISCC), que permite a exportação para o continente europeu.

Aval no RenovaBio

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Em 2019, a empresa foi a primeira no setor de biocombustíveis a contar com a certificação da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a emissão de créditos de descarbonização (CBIOS), que faz parte do programa RenovaBio.

O aval da certificação do programa RenovaBio, da ANP para duas unidades da JBS, indica que o biodiesel produzido equivale a uma redução de emissões de 86% em comparação ao diesel de origem fóssil.

Dar outro uso para o óleo usado no preparo da batata frita ou dos ovos tem uma série de vantagens. A primeira delas é permitir uma nova função a um produto responsável por gerar CO2 no seu processo produtivo.

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Outro ponto favorável é que o óleo usado, ao ser destinado ao beneficiamento para virar biodiesel, deixa de ser descartado de forma errada na natureza, comprometendo o lençol freático e aumentando o custo de tratamento de esgoto por causa da poluição gerada. A cada litro do subproduto descartado na natureza, 20 mil litros de água são contaminados. Até hoje, segundo Susana Carvalho, o grupo coletou 13 milhões de litros de óleo de fritura.

Ações como essas estão em linha com o compromisso divulgado recentemente pela JBS, de se tornar Net Zero até 2040. A empresa vai zerar o balanço de suas emissões de gases causadores do efeito estufa, reduzindo suas emissões diretas e indiretas e compensando toda a emissão residual. Vai ainda fornecer um plano de ação, sustentado em metas baseadas na ciência, consistente com os critérios estabelecidos pela Science-Based Targets initiative (SBT).

Melhor uso de materiais e gestão de resíduos devem avançar

A gestão de resíduos é um desafio histórico no Brasil, em especial para o setor público, que tenta formas de lidar com o problema, impactado pelo crescimento populacional. As empresas, por sua vez, têm acelerado a busca por soluções que reduzam os impactos ambientais de seus negócios.

Em 2021, a JBS Ambiental pretende aumentar o número de unidades que atuam na gestão de resíduos provenientes da cadeia produtiva da JBS.Com a iniciativa, a companhia espera avançar na economia circular e viabilizar o crescimento do portfólio com novos materiais para a construção civil, a exemplo do piso verde. O plano é desenvolver outros itens que possam ser usados nas operações do grupo.

Professor do Insper e especialista em design, inovação e economia circular, Daniel Guzzo explica que a lógica extrativista, trazida pela economia linear, vem sendo cada vez mais questionada. Isso tem se intensificado por causa dos efeitos das atividades de produção nas mudanças climáticas. Por isso, as empresas vêm buscando formas de reduzir suas emissões e de estarem alinhadas à meta definida pelo Acordo de Paris. Nele, seus signatários se comprometem a encontrar maneiras de conter o avanço do aumento da temperatura do planeta, limitando-o a 2°C, com a expectativa de não passar de 1,5°C, quando comparado aos níveis pré-industriais.

“O desafio do setor produtivo é gerar valor e atender ao aumento do consumo. Por isso, a economia circular tem tanta importância. Ela permite às empresas que tenham um olhar para uma nova forma de consumo e de produção, voltada a materiais e recursos cada vez mais renováveis e com menor geração de carbono”, explica o especialista.

A reciclagem de materiais é um dos caminhos para reduzir as emissões de CO2. Para Guzzo, no entanto, os avanços devem incluir outras estratégias. Segundo o professor, a economia circular deverá aumentar a atenção dos gestores para alguns passos antes da produção, ainda na fase de desenvolvimento de produtos.

“Olhar para o material e os recursos que vão ser empregados, aproveitando da melhor forma os recursos renováveis, é uma questão-chave para quem pensa em redução de resíduos”, aponta o acadêmico.

Plástico deixa de ir para aterro e é transformado em piso verde

Equipe de P&D da JBS Ambiental pesquisou por dois anos até chegar à tecnologia que transforma aparas de embalagens em um material resistente como o concreto

Quem visitar a unidade da JBS em Lins, no interior paulista, vai poder ver de perto uma solução tecnológica que deu uma nova função ao plástico que antes tinha como destino os aterros sanitários. A JBS Ambiental lançou há três meses o piso verde, desenvolvido pela equipe de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) a partir do conceito de economia circular.

Com tecnologia própria, desenvolvida durante dois anos, o piso é feito a partir de aparas de embalagens multicamadas (PVDC). Esse tipo de plástico é usado pela JBS em seus produtos in natura embalados a vácuo. O material, de difícil reciclagem, passou a ter uma nova função, desta vez na construção civil.

Adequado às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o novo material apresenta a mesma resistência do piso feito 100% de concreto, com a diferença que, em vez de utilizar matérias-primas virgens na sua produção, reaproveita restos de embalagens.

Na primeira fase do projeto, a JBS Ambiental escolheu as unidades de Andradina e Lins (ambas em São Paulo), além de Campo Grande (MS), para aplicar o processo de transformação de, aproximadamente, 20 toneladas de aparas plásticas por mês. Depois de Lins, o plano da companhia é adotar o piso verde em todas as suas unidades em território nacional. A novidade conta com o selo JBS Circular – chancela criada pela empresa para produtos obtidos a partir do conceito circular e sustentável.

O primeiro lote, instalado em Lins, onde funciona a matriz da JBS Ambiental, vai ocupar 2,2 mil m².  Para essa área, o total de aparas plásticas recuperadas ultrapassa as 5 toneladas.

Fonte: JBS