30 de setembro de 2008 | 13h07
A divulgação da lista dos 100 maiores desmatadores na Amazônia, que coloca o Incra como um dos principais responsáveis, causou uma crise no governo. A lista, elaborada pelo Ibama, foi divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente na segunda-feira, 29. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, atacou o trabalho do Ibama. "Há erros crassos no relatório. Num deles, por exemplo, as coordenadas do Ibama não correspondem às coordenadas do assentamento", afirmou. Veja também: Maiores desmatadores do País são assentamentos do Incra Especial: Maiores Dematadores do País Lista dos 100 Maiores Desmatadores do País (íntegra) Desmatamento aumenta nas vésperas das eleições, afirma Minc A evolução do desmatamento na Amazônia Ainda há tempo para salvar a maior biodiversidade do mundo? "Em outro projeto de assentamento, a imagem usada como parâmetro para medir o desmatamento, é de três anos anteriores à própria criação do assentamento", acrescentou. Para Cassel, a acusação contra o Incra é um golpe contra a reforma agrária. Diante da crise, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, deu prazo de 20 dias para o Ibama rever toda a papelada das multas e dizer se elas estão corretas ou não. Minc e Cassel estão neste momento lado a lado, na cerimônia de assinatura da primeira concessão de reserva florestal. A concessão é para três empresas que venceram a licitação numa área de 96 mil hectares, em Rondônia.
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