
18 de dezembro de 2009 | 12h18
As pessoas presentes na área do Bella Center, onde ocorre a Conferência do Clima da ONU,em Copenhague, consideraram em geral o discurso de Obama arrogante e pouco construtivo para o progresso de um acordo global. Ele disse que "temos de escolher a ação em vez da inação, o futuro sobre o passado". Entretanto, não colocou novas cartas na mesa, novas ideias para fazer o acordo avançar.
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"Obama era a grande esperança da convenção. Mas sua fala deu a entender que ou os países aceitam sua proposta do jeito que está, ou devem se mandar", opina Paulo Adario, do Greenpeace.
Americanos que acompanham a negociação há anos, porém, aprovaram o tom de Obama. "Foi um bom discurso, colocou o que é preciso e o que ainda está faltando para um acordo, como garantir transparência e contabilidade, disse Elliot Diringer, analista político do Pew Center.
Ele ressaltou que o americano se comprometeu a continuar no caminho de reduzir as emissões de CO2 independentemente do resultado em Copenhague. "Ele já colocou na mesa tudo o que podia até agora. Mas ainda tenho esperança de que saia daqui um acordo político (ou seja, sem força de lei internacional), complementou. "Podemos ter um começo aqui. Mas as questões mais difíceis de decidir ficarão para depois."
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