O presidente da Cúpula da Mudança Climática, Lars Lokke Rasmussen, anunciou nesta quinta-feira, 17, a criação de dois grupos de trabalho para tentar de salvar no último momento esta reunião, que está em ponto morto há dias.
O sudanês Stanislaus Lumumba Di-Aping, porta-voz do G77 de não- alinhados, exigiu o início das negociações com o documento de Kyoto, que foi o ponto da discórdia entre os países em desenvolvimento e os Estados Unidos, que não chegou a ratificar esse protocolo.
Sobre o prazo máximo para ter pronto um acordo final, Rasmussen afirmou que "será curto", sem precisar uma hora concreta.
A conferência acaba nesta sexta-feira com a presença em Copenhague de 119 líderes, mas até agora não se percebeu uma vontade negociadora suficientemente sólida que conduza a um acordo tangível sobre as emissões.
Por sua vez, o secretário-executivo da conferência, Yvo de Boer, declarou que a decisão de criar dois grupos de contato dava "clareza" ao processo de negociação e que estes deveriam acabar seu trabalho na última hora desta tarde.
De Boer se mostrou satisfeito com o anúncio feito nesta quinta-feira pelos EUA de contribuir ao esforço global dos países ricos de destinar US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020.