Desmatamento: produtores criticam Ibama por divulgar lista

Em nota, a Faepa considera a situação da economia amazônica muito grave

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Por Redação
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A Federação de Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa) considera a divulgação de uma lista com 1.079 proprietários interditados para desempenhar qualquer atividade econômica no Pará "mais um exemplo de autoritarismo do governo federal, que busca implantar um tribunal de exceção na Amazônia, movido por inconfessáveis interesses internacionais no engessamento da economia regional".   Em nota distribuída pela assessoria de imprensa Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Faepa informa que "o mais absurdo é que não há nenhuma sentença transitada em julgado contra as pessoas físicas e jurídicas listadas, no entanto, elas já foram condenadas antecipadamente, com a divulgação da relação em todo mundo, com prejuízos à imagem e aos negócios de mais de mil empreendimentos, apenas porque sofreram autos de infração pelo Ibama, que assume desta forma posições que são privativas do Poder Judiciário".   A Faepa considera a situação da economia amazônica muito grave, pois "está em curso um esforço para paralisar a atividade produtiva regional, em uma verdadeira caça às bruxas típica do socialismo autoritário, com manifestações de abuso de poder como a demonstrada agora pela ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, que havia anunciado, em fevereiro, que iria divulgar a lista das empresas consideradas culpadas pelo Ministério por desmatamento ilegal em 36 municípios onde os índices de desflorestamento, supostamente, haviam crescido". No entanto, o setor produtivo amazônico "foi surpreendido pela divulgação de uma lista de empresas autuadas em toda a Amazônia, como uma condenação pública planetária que depende única e exclusivamente do arbítrio do Ibama".   A nota informa ainda que "tanto que esta Federação tem conhecimento de propriedades com 10 mil hectares que tiveram problemas apontados pelo Ibama em apenas 100 hectares do total, e que, no entanto, foram embargadas em sua totalidade e trazidas à ribalta do tribunal de exceção da ministra, com o objetivo único e exclusivo de fazer alarde e mostrar que o Brasil cumpre a agenda para a Amazônia determinada por países estrangeiros, decididos a proteger suas multinacionais contrária do Brasil a o potencial de crescimento da economia nacional".

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