18 de dezembro de 2009 | 11h57
Líderes das nações mais relevantes para a realização de um acordo climático em Copenhague voltaram nesta sexta-feira, 18, para a mesa de negociação no Bella Center, centro de convenções onde ocorre a Conferência do Clima da ONU.
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A reunião não tem hora para acabar e é a última tentativa de salvar o acordo para evitar uma catástrofe no mundo com o aumento da temperatura.
Eles analisam um nova proposta de texto para o acordo - durante a noite, presidentes e outros chefes de Estado se debruçaram sobre os nós para obter um consenso até 2h. Depois, negociadores continuaram os trabalhos.
Na manhã desta sexta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso bastante aplaudido na plenária. Ele se disse frustrado com o impasse em Copenhague, e afirmou que o Brasil poderia contribuir com recursos para os países mais pobres se adaptarem às mudanças climáticas inevitáveis. Já o discurso do presidente Barack Obama decepcionou muitas pessoas, uma vez que ele não cedeu em nenhum ponto da negociação. Também não propôs tornar sua meta de cortes de gases de efeito estufa mais ambiciosa nem ofereceu mais recursos.
Para Paulo Adario, do Greenpeace Brasil, Obama fechou a porta da negociação, enquanto o presidente Lula fez o contrário. O ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) mostrava desânimo nos corredores do Bella Center. Ele ficou até as 5h na reunião dos chefes de Estado. O principal negociador brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, ficou até as 7h.
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