Um grupo de consultores das Nações Unidas apresentou os resultados de um cálculo de preços do carbono, que deve pautar os caminhos possíveis para a arrecadação de US$ 100 bilhões ao ano a partir de 2020, para ajudar os países em desenvolvimento no combate às mudanças climáticas.
Co-presidido pelos primeiros-ministros da Noruegua, Jens Stoltenberg, e da Etiópia, Meles Zenawi, o grupo afirma que o objetivo é "desafiador, mas viável". Stoltenberg entregou o relatório para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
A comissão passou a examinar as possíveis fontes de recursos depois que os líderes mundiais, reunidos na COP-15 de Copenhague em 2009, concordaram em fornecer aporte financeiro de US$ 100 bilhões por ano para ajudar as nações pobres e emergentes a cortar emissões de gases estufa e adaptá-las aos impactos da mudança climática. Os cálculos pouco mudaram em comparação a projetos anteriores.
Estes são os dados calculados para 2020 (em bilhões de dólares, com exceção do preço do carbono, que é em dólares por tonelada de CO2):
Preço do carbono | Baixo/15 | Médio/25 | Alto/50 |
Leilões de permissão de emissões | 2-8 | 8-38 | 14-70 |
Compensações obrigatórias | 0-1 | 1-5 | 3-15 |
Transporte internacional marítimo | 2-6 | 4-9 | 8-19 |
Transporte internacional aéreo | 1-2 | 2-3 | 3-6 |
Mercado de créditos de carbono: | 8-12 | bruto: 38-50 líquido: 8-14 | 150 |
Outras rendas relativas a carbono
Taxa do carbono: +- 10 a cada unidade (dólar/tonelada)
Geração de energia: 5 por uma carga de $0.0004/kWh ou por unidade de CO2 equivalente
Remoção de subsídios aos combustíveis fósseis: 3-8
Redirecionamento dos royalties do petróleo: +- 10
Taxas de transações financeiras: 2-27
Contribuições diretas: propostas variam até 400
Desenvolvimento de instrumentos: para cada 10 em capital reabastecido, cerca de 30 a 40 bilhões em crédito bruto, correspondendo a 11 em fluxos líquidos
Finanças privadas: com carbono em preço médio, 200 nos fluxos brutos e 20-24 na rede de fluxos líquidos