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Cientistas anunciam descoberta de maior réptil marinho

'O Monstro', pliossauro gigante, viveu há 150 milhões de anos nas águas, geladas do Oceano Ártico

Por Paul Rincon
Atualização:

Cientistas noruegueses afirmam que o fóssil de um réptil marinho gigante encontrado numa ilha do oceano Ártico, em 2006, é o maior já encontrado. O pliossauro, que viveu na era jurássica, há 150 milhões de anos, foi descoberto numa das ilhas do arquipélago norueguês de Svalbard. Junto com outros 40 répteis, a espécie forma uma "coleção de tesouros" identificada no local. Apelidada de "O Monstro" pelos pesquisadores, a criatura gigantesca teria 15 metros de comprimento do focinho à nadadeira. O líder da expedição, o paleontólogo Jorn Hurum, da Universidade de Oslo, disse que a espécie tem comprimento 20% maior do que o maior réptil marinho já encontrado até então - um pliossauro encontrado na Austrália chamado kronossauro. Predadores "Nós fizemos uma ampla pesquisa e agora sabemos que temos o maior pliossauro já encontrado", disse Hurum à BBC. "A nadadeira tem três metros de comprimento e poucas partes estão faltando. Na segunda-feira, nós juntamos todos os ossos e ficamos impressionados, pois nunca havíamos visto a ossada completa", disse o paleontólogo. Os pliossauros fazem parte de um grupo de répteis extintos que viveram nos oceanos na época dos dinossauros. O corpo do réptil era em forma de gota e tinha duas grandes nadadeiras que aumentavam seu impulso dentro da água. Segundo o paleontologista Richard Forrest, os animais eram "grandes predadores". "Se você comparar o crânio de um grande pliossauro com o de um crocodilo, fica claro que o do pliossauro é muito mais desenvolvido para morder. Tem músculos muito maiores e mandíbulas mais robustas", disse Forrest. "Um grande pliossauro era grande o suficiente para abocanhar um carro pequeno e parti-lo ao meio." "O monstro" foi excavado em agosto de 2007. Antes de ser levado para o Museu de História Natural, em Oslo, os paleontólogos removeram com as mãos toneladas de pedras que envolviam o fóssil. Nas excavações, feitas sob fortes ventos, chuvas, temperaturas abaixo de zero e a ameaça de ataques de ursos polares, os pesquisadores conseguiram recuperar o focinho, alguns dentes, a maior parte dos ossos do pescoço e das costas e uma nadadeira quase completa. Os especialistas prentendem retornar a Svalbard, onde devem continuar as excavações num local onde um outro pliossauro foi identificado. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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