29 de janeiro de 2008 | 16h46
Faço, no momento, uma viagem por cidades do Sul e Centro do Pará. Cumpro uma pauta sobre o desmatamento na Amazônia. Entre as 36 localidades que, segundo os dados do Inpe, mais derrubaram a mata, estão dez do Pará. Por uma questão de logística, e por causa da grande distância entre as cidades, selecionei seis delas, que pretendo alcançar em quatro dias: Cumaru do Norte, Santana do Araguaia, Santa Maria das Barreira, São Félix do Xingu, Rondon do Pará e Dom Eliseu. Áreas de desmatamento têm maior índice de homicídios Em Cumaru, devastação chega aos morros Números do desmatamento Amazônia - especial Já passei por Cumaru e Santana. Cumaru é uma destas cidades do avanço de fronteiras, onde há 15 anos existia o segundo maior garimpo de ouro a céu aberto do mundo - o primeiro foi o de Serra Pelada, também no Pará. Cumaru é praticamente um cruzamento de duas ruas com algumas ruelas laterais. Tem apenas três policiais de um destacamento de Redenção, que fica a uns 150 quilômetros. Não tem Igreja Católica (um padre aparece por lá a cada 15 dias), mas tem pelo menos duas Igrejas protestantes. Chove muito na região. Tivemos sorte de conseguir passar pelo trecho que leva até Redenção. Daqui a alguns dias, ninguém passa. De Redenção para Santana do Araguaia existe uma estrada federal sem acostamento, mas com a camada de asfalto em bom estado de conservação. Como há muitos rios, estes ainda estão sem a ponte definitiva. A gente sempre passa por um desvio. Há também muito gado na região e quase nada de Floresta Amazônica. No lugar das árvores, agora só há capim brachiaria. Ainda nesta terça-feira, 29, pretendo ir para Santa Maria das Barreiras. De lá, seguir para Redenção. Para, no dia seguinte, tocar uns 400 quilômetros até São Félix do Xingu.
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