China quer que EUA aumentem oferta para Copenhague

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Por GERARD WYNN E EMMA GRAHAM-HARRISON
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A China exortou o presidente norte-americano, Barack Obama, a aumentar a oferta de corte de emissões de carbono feita pelos EUA, mas o negociador chefe chinês para o clima disse que existe possibilidade de um acordo na conferência da ONU em Copenhague. Xie Zhenhua afirmou nesta quarta-feira que a China quer desempenhar um papel construtivo nas negociações do clima de 7 a 18 de dezembro, nas quais um resultado positivo depende em grande parte de um acordo entre Estados Unidos e China, que, juntos, emitem 40 por cento dos gases causadores do efeito estufa no mundo. "Espero realmente que o presidente Obama possa trazer uma contribuição concreta para Copenhague", disse Xie à Reuters. Indagado se isso significa algo além do que Obama já propôs -- um corte de 3 por cento até 2020 em relação aos níveis de 1990 --, Xie disse "sim". Xie também disse que a China pode aceitar como meta reduzir suas emissões pela metade até 2050, desde que os países desenvolvidos elevem suas metas de redução de emissões até 2020 e concordem em financiar ajuda ao mundo em desenvolvimento para combater as mudanças climáticas. "Não negamos a importância de uma meta de longo prazo, mas acho que uma meta de médio prazo é mais importante. Precisamos resolver o problema imediato", afirmou. "Se as demandas dos países em desenvolvimento puderem ser satisfeitas, acho que poderemos discutir uma meta para cortar as emissões em 50 por cento até 2050", acrescentou. Xie, vice-presidente do poderoso superministério do planejamento econômico da China, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR), disse ainda que gostaria que os paises ricos cortassem suas emissões até 2020 em 25 a 40 por cento abaixo dos níveis de 1990. Ele afirmou que preferiria um acordo final, legalmente compulsório, no encontro em Copenhague, mas que, se isso não for possível, a definição do prazo final de junho do próximo ano para ser completado um tratado completo "seria muito boa". Xie rejeitou uma proposta da ONU de financiamento acelerado de 10 bilhões de dólares por ano a partir de 2010-2012 como "insuficiente".

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