China exalta resultado da Conferência do Clima da ONU

Governo chinês diz que encontro em Copenhague produziu resultados 'significantes e positivos'

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Por AE-AP
Atualização:

Maior país emissor mundial de gases causadores do efeito estufa, a China enalteceu o resultado da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-15), encerrada neste último sábado, 19, sem um acordo que exigisse dos países um corte nas emissões de gás carbônico. O encontro, que reuniu mais de 110 chefes de Estado em Copenhague, produziu resultados "significantes e positivos", declarou Yang Jiechi, ministro das Relações Exteriores chinês.

 

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Yang ressaltou que o resultado da conferência manteve o princípio das "responsabilidades comuns mas diferenciadas", reconhecido pelo Protocolo de Kyoto, e deu um passo à frente ao promover cortes obrigatórios de emissão para os países desenvolvidos e ações voluntárias de mitigação por parte dos países em desenvolvimento. "Países desenvolvidos e em desenvolvimento são muito diferentes em sua responsabilidade histórica e nos níveis atuais de emissão, bem como em suas características básicas nacionais e estágios de desenvolvimento", disse Yang em nota. "Portanto", concluiu, "devem carregar diferentes responsabilidades e obrigações na luta contra a mudança climática."O ministro chinês afirmou ainda que a conferência também criou um consenso sobre questões-chave como metas de longo prazo, ajuda financeira e tecnológica para os países em desenvolvimento e transparência. "A Conferência de Copenhague não é um fim, mas um novo começo", defendeu.A China declarou que vai controlar sua produção de gases estufa, comprometendo-se a reduzir sua intensidade de carbono - o uso de combustível fóssil por unidade de produção econômica - entre 40% e 45%. O acordo

O Acordo de Copenhague - em grande parte o resultado do encontro do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, com o premiê chinês, Wen Jiabao, e os líderes de Índia, Brasil e África do Sul - foi criticado por vários países que exigiam mais cortes nas emissões de gases estufa dos países industrializados.O acordo prevê que os países mais ricos vão financiar um programa de US$ 10 bilhões por ano, com duração de três anos, para financiar os países mais pobres em projetos de adaptação contra a seca e outros impactos das mudanças climáticas. Em uma concessão dos Estados Unidos à China e outros países em desenvolvimento, o texto ficou de fora da declaração que teria estabelecido um objetivo de reduzir as emissões globais em 50% até 2050. As nações em desenvolvimento acreditavam que a meta poderia comprometer seus esforços para reduzir a pobreza. As informações são da Associated Press.

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