06 de dezembro de 2010 | 20h45
O Protocolo de Kyoto expira em 2012, e sua prorrogação é um dos itens mais complicados na pauta da conferência climática da ONU em Cancún, de 29 de novembro a 10 de dezembro. Japão, Rússia e Canadá, entre outros, dizem que só aceitariam renovar seus compromissos se os países em desenvolvimento - que ficaram isentos no atual tratado - também tenham metas obrigatórias a cumprir na redução das suas emissões de gases do efeito estufa.
A China anteriormente havia rejeitado qualquer caráter obrigatório para as suas metas. Pela fórmula hoje em vigor, só cerca de 40 países desenvolvidos têm obrigação de reduzir emissões.
"Podemos criar uma resolução, e essa resolução pode ser vinculante para a China", disse o negociador climático chinês Huang Huikang.
"Pela Convenção (Climática da ONU), podemos até mesmo ter uma decisão juridicamente vinculante. Podemos discutir a forma específica. Podemos fazer nossos esforços como parte de um esforço internacional."
"Nossa visão", acrescentou Huang, "é que, para tratar dessas preocupações, não é necessário derrubar o Protocolo de Kyoto e começar tudo de novo."
(Reportagem de Chris Buckley)
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