18 de dezembro de 2009 | 15h30
"O imperador que chega no meio da noite e na escuridão e então, nas costas de todo mundo e de uma maneira antidemocrática, elabora um documento... que não iremos aceitar", disse Chávez na cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) em Copenhague. O venezuelano discursou pouco depois de Obama.
A conferência da ONU encontra dificuldade em chegar a um acordo para reduzir as emissões globais de dióxido de carbono, apontadas como responsáveis pelas mudanças climáticas.
Em outro encontro da ONU em 2006, Chávez chamou o então-presidente George W. Bush de "diabo" e acrescentou que a bancada onde Bush havia discursado mais cedo "ainda cheirava a enxofre".
Chávez seguiu nesta linha em Copenhague ao dizer: "eu ainda sinto o cheiro de enxofre. Eu ainda sinto o cheiro de enxofre neste mundo".
Na semana passada, Obama recebeu o Nobel da Paz na Noruega. Mas Chávez apimentou seu discurso referindo-se ao "prêmio Nobel da guerra" que Obama conquistou.
Sobre a promessa de Washington de fazer sua "parte justa" para contribuir para um fundo anual de curto-prazo de 10 bilhões de dólares, para que os países ricos ajudem nações em desenvolvimento a lutar contra o aquecimento global, Chávez chamou o montante de "risível" e comparou-o à ajuda de 700 bilhões de dólares que o governo norte-americano deu ao setor bancário.
Chamando os EUA de "grande poluidor", Chávez disse que o país também é responsável "por ter ameaçado, por ter matado e por genocídio".
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