
26 de fevereiro de 2010 | 00h03
“Até 2007 foi um bom período. Vendíamos para a indústria cosmética. Mas, em 2008, o mercado retraiu e paramos de produzir óleo de castanha”, resume Luís Carlos Sampaio, biólogo e coordenador do Instituto Kabu, que gerencia a área Baú.
Segundo ele, vender o óleo é difícil por vários fatores. “Primeiro, os fabricantes usam pouquíssimo óleo natural nos produtos. Outro entrave é o prazo de validade, de apenas dois anos. Depois disso, nosso óleo já não serve para a indústria cosmética e temos de vender para a indústria de biocombustível a um preço dez vezes menor.”
Agora, os Caiapós estão tentando vender a castanha para a indústria alimentícia de São Paulo. Mas, segundo Sampaio, o mercado não responde aos produtores certificados como se esperava. “O comprador, no geral, não exige certificação. Ele compra qualquer coisa, a qualquer preço e empurra o produto para o consumidor.”
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