11 de março de 2010 | 14h07
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse nesta quinta-feira, 11, que é preciso "mais consenso e respostas imediatas" para que a cúpula sobre o clima em Cancún (México), marcada para o fim do ano, não obtenha o mesmo resultado que a de Copenhague.
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Minc participou da Conferência Internacional sobre as grandes áreas florestais, em Paris. O encontro, incentivado por França e Noruega, teve sua primeira reunião nesta quinta-feira. A próxima será em maio, em Oslo.
Para o ministro, a conferência desta quinta-feira "marca uma mudança no pessimismo e ceticismo" originados pelo fracasso da cúpula de Copenhague.
Minc ressaltou que os países devem buscar "mais consenso e respostas imediatas" para problemas como o desmatamento, no qual o Brasil desempenha um papel de protagonista, já que abriga em seu território boa parte da floresta amazônica. Segundo o ministro, um dos pontos em que houve mais avanços em Copenhague foi a gestão florestal, embora o tema necessite ser abordado de forma mais transparente e, sobretudo, com mais resultados.
O ministro destacou que os países devem começar a trabalhar em aspectos como a gestão dos recursos para não ir a Cancún somente com teorias a respeito, e "para que o México possa superar os problemas encontrados em Copenhague".
Minc afirmou ainda que em relação ao problema do desmatamento, além dos recursos públicos, é "fundamental" contar com a participação da iniciativa privada. Ele indicou que o Brasil tem planos de introduzir as empresas privadas nesta luta, implementando incentivos e compromissos com os exportadores.
O ministro deu as declarações em uma entrevista coletiva realizada junto com o ministro de Ecologia da França, Jean-Louis Borloo. O francês destacou a participação de representantes de 64 países na conferência.
Borloo assegurou também que apesar do desmatamento ser um tema que não está na agenda internacional, é absolutamente vital. O ministro francês pediu resultados concretos e disse que espera que após a reunião de hoje sejam obtidas "decisões operativas".
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