
06 de outubro de 2009 | 13h35
O Brasil e a União Europeia (UE) propuseram nesta terça-feira, 6, que em dezembro, durante a cúpula sobre a mudança climática Copenhague, na Dinamarca, cada país esclareça a quantidade de poluentes que libera na atmosfera e o quanto de gases estaria disposto a deixar de emitir em um determinado prazo.
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"Da Guiné-Bissau a Estados Unidos, Brasil, Suécia, Argentina ou Alemanha, cada país deve assumir a responsabilidade do dano que provoca ou do benefício que está disposto a gerar", disse o presidente Lula em Estocolmo, na Suécia, onde participa da cúpula Brasil - União Europeia.
Em uma declaração conjunta, ambas as partes admitiram que a mudança climática é um desafio que requer muito esforço para ser superado. Outro consenso é que a temperatura média global não deve subir mais que 2°C em relação aos níveis pré-industriais.
Para isso, Brasil e UE propuseram "metas ambiciosas" a médio prazo, compromissos legalmente obrigatórios para os países desenvolvidos e medidas "apropriadas" para os países em desenvolvimento minimizarem os efeitos da mudança no clima.
O documento redigido pelas partes recomenda ainda que seja fixado, "o mais rápido possível", quando as emissões globais e nacionais de dióxido de carbono (CO2) devem começar a cair. Em outro trecho, a declaração diz que o prazo para os países em desenvolvimento reduzirem as emissões deve ser mais longo, já que a prioridade é "o desenvolvimento socioeconômico e a erradicação da pobreza".
Presença de líderes
Lula também pediu a presença dos líderes mundiais na cúpula em Copenhague para que o encontro tenha relevância na agenda da comunidade internacional. "Eu trabalho com a ideia de que muitos chefes de Estado ou de governo irão à conferência para terem uma discussão profunda", afirmou o presidente.
No entanto, na entrevista coletiva que concedeu junto com o primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, e o presidente da Comissão Europeia (CE), José Manuel Durão Barroso, Lula disse que, "se nenhum outro líder participar" da reunião de dezembro, ele também não irá, já que os ministros é que ficarão encarregados das negociação.
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