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Brasil aguarda os US$ 100 bi prometidos por países ricos no Acordo de Paris, diz Salles

'Brasil está indo bem nas suas metas, mas a Europa já disse que não vai cumprir', afirma o ministro

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O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou nesta terça-feira, 20, que aguarda os US$ 100 bilhões anuais prometidos por países desenvolvidos aos em desenvolvimento, dentro do Acordo de Paris. A fala do ministro ocorre dias após Alemanha e Noruega suspenderem o apoio financeiro ao Fundo Amazônia e após o governo brasileiro ampliar as críticas à Europa sobre as questões ambientais.

Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles Foto: REUTERS/Amanda Perobelli

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“O Brasil está indo bem nas suas metas (do Acordo de Paris); mas a Europa já disse que não vai cumprir”, disse o ministro, na abertura da 27ª Feira Internacional da Bioenergia (Fenasucro), em Sertãozinho (SP). Assinado em 2015, o acordo climático prevê que países desenvolvidos, como os Estados Unidos e os da União Europeia, devem contribuir com US$ 100 bilhões por ano para projetos de adaptação e de mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Esses projetos seriam empreendidos pelos países em desenvolvimento.

Indagado se o governo não temia sanções dos europeus dentro do recém-assinado acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, Salles disse que foi o atual governo que conseguiu celebrar negociações entre os dois blocos e se manteve no Acordo Paris, mesmo com a posição inicial contrária do presidente Jair Bolsonaro.

O País “aguarda volume de recursos naquele montante”, disse o ministro. “Precisamos elencar mecanismos com volume e escalabilidade para receber esses recursos internacionais, para projetos que efetivamente contribuam para o Brasil manter sua biodiversidade. Temos certeza que estamos no caminho correto”, completou.

Salles comentou também as críticas feitas pelo ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi, em entrevista ao jornal Valor Econômico, sobre a postura agressiva do governo atual. “Conversei com o ministro Maggi. Ele é grande aliado nosso e a preocupação dele é a mesma nossa: poder comunicar o que está sendo feito ao mudo.”

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