A BP está sendo investigada pelos EUA a respeito de uma suposta manipulação do mercado de gás natural.
A Comissão Federal de Regulamentação Energética (Ferc, na sigla em inglês) notificou a BP sobre suas conclusões preliminares relacionadas à manipulação em novembro. A informação estava em uma nota de rodapé no relatório anual de resultados da empresa, lançado nesta terça.
No mesmo mês, a Comissão Americana de Comércio e Mercado Futuro (CFTC, na sigla em inglês) enviou uma nota à empresa para recomendar iniciativas a respeito das mesmas alegações. Elas se referem a operações realizadas por diversas entidades ligadas à BP, que aconteceram entre outubro e novembro de 2008 em Houston.
Em um comunicado, a BP afirmou que respondeu às duas agências detalhadamente, dizendo que "as atividades não se enquadram em nenhuma iniciativa inapropriada ou ilegal." A empresa acrescentou que tem cooperado intensivamente com as investigações e que suas operações de comércio e transporte estão de acordo com a lei.
Em um caso separado, em 2006, a BP pagou U$ 300 milhões para se livrar de acusações de que havia manipulado o mercado de propano em os EUA.
A divulgação certamente não ajudará a BP a reconstruir sua maculada reputação, resultado de diversos acidentes nos EUA, que culminaram com o terrível vazamento de óleo no Golfo do México, em 2010.
Até porque o Procurador Geral do Mississipi, Jim Hood, acaba de acusar o administrador do fundo de compensação da BP (relativo ao vazamanto no Golfo) de "deficiências nos processos e violações da lei". Ele afirmou que a Corte precisava intervir para forçar a BP a cumprir suas obrigações. Nomeado pela Casa Branca, Kenneth Feinberg assumiu a gestão do fundo da BP no verão passado.