Bolsonaro libera privatização de Iguaçu, Jericoacoara e Lençóis Maranhenses

Conforme antecipou o 'Estado', decreto publicado no 'Diário Oficial' inclui os três parques no Programa Nacional de Desestatização

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Por Sandra Manfrini
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BRASÍLIA - Uma decreto do presidente Jair Bolsonaro publicado nesta terça-feira, 3, no Diário Oficial da União (DOU), libera a privatização de três unidades de conservação federal. Foram incluídos no Programa Nacional de Desestatização (PND) o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, no Maranhão; o Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará; e o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná.

As Cataratas do Iguaçu se localizam em Foz do Iguaçu, no Paraná, na fronteira com a cidade de Puerto Iguazú, na Argentina Foto: Felipe Mortara/Estadão

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O repasse dos parques para a iniciativa privada foram antecipadas pelo Estado em maio.

Segundo o decreto, as unidades ficam incluídas no PND, para fins de concessão da prestação de serviços públicos de apoio à visitação, com previsão do custeio de ações de apoio à conservação, à proteção e à gestão.

No caso do Parque Nacional do Iguaçu, que abriga as Cataratas do Iguaçu, a visitação atualmente já é administrada por uma empresa privada, mas ela atua de forma subordinada ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que tem o controle da gestão.

A Praia de Jericoacoara, no Ceará, é um dos principais cartões-postais do Nordeste brasileiro Foto: Márcio Fernandes/Estadão

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômicos e Social (BNDES) poderá ser contratado para elaborar os estudos necessários às concessões e para apoiar as atividades de supervisão dos serviços técnicos e de revisão de produtos contratados.

O Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses foi criado em 1981 Foto: Felipe Mortara/Estadão

Destinação econômica para unidades de conservação

Em maio, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, explicou que o objetivo das concessões é dar uma destinação econômica para as unidades de conservação.

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"Você pode fazer o discurso mais bonito do mundo sobre o meio ambiente, mas, se não dermos uma mais-valia econômica para as unidades de conservação, estaremos sempre a reboque do orçamento federal", disse Salles, na ocasião.

Questionado sobre o modelo de concessão, o ministro disse que a ordem é repassar às empresas tudo o que for possível, mantendo o mínimo sob a alçada do governo. 

O plano do governo era também incluir o Parque Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul, na lista de concessões. Neste caso, porém, a ideia é fazer "oferta em bloco", reunindo em um mesmo pacote as unidades de Serra Geral, São Francisco de Paula e Canela.

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