BNDES libera R$ 70,3 mi para projetos na região amazônica

Verba será direcionada para o Fundo Amazônia, criado pelo governo para investir na redução do desmate

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Por Leonardo Goy e da Agência Estado
Atualização:

O BNDES aprovou a liberação de R$ 70,3 milhões, oriundos do Fundo Amazônia, para cinco projetos de desenvolvimento sustentável na região amazônica. O fundo foi criado pelo governo federal e recebe doações, inclusive de governos estrangeiros, para reinvestir o dinheiro em projetos que incentivem a redução do desmatamento.

 

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Hoje o fundo conta com US$ 110 milhões em caixa, doados pelo governo da Noruega. Ao longo de sete anos, o compromisso dos noruegueses é de doar o total de US$ 1 bilhão.

 

Para o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, se o fundo continuar demonstrando resultados e transmitir credibilidade para os outros países, é possível que o volume do seu capital chegue a US$ 2 bilhões com outras doações no futuro. "O BNDES espera mostrar em Copenhague que se juntou aos esforços do governo. Teremos um estande do Fundo da Amazônia na reunião", disse.

 

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que participou de entrevista ao lado de Coutinho para falar do fundo, afirmou que, durante a reunião de Copenhague, pelo menos duas novas ofertas de doações ao fundo deverão ser anunciadas. Ele, no entanto, não quis adiantar de onde virão os recursos. Quem deverá aportar, em março, outros 18 milhões de euros é o governo da Alemanha, segundo Minc.

 

O ministro relatou ainda que, entre hoje e amanhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá sancionar lei que cria o fundo para combater as mudanças climáticas. O fundo receberá recursos da produção de petróleo, que hoje eram destinados a fazer frente a contingências causadas por vazamentos de petróleo ou outras falhas na segurança do setor. "Como nem todo ano acontece acidente, esse dinheiro acabava virando superávit fiscal", disse Minc.

 

Segundo ele, inicialmente, o fundo de mudanças climáticas deverá receber cerca de R$ 700 a R$ 800 milhões por ano, podendo chegar a R$ 1 bilhão por ano ao longo da próxima década.

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