28 de janeiro de 2010 | 16h36
A China e outras nações asiáticas deveriam fechar as fazendas de criação de tigres mantidas pela iniciativa privada, porque são desumanas e alimentam a demanda por ossos e pele dos animais, ameaçados de extinção, diz o Banco Mundial.
Tigres estão próximos de extinção, alerta ONG de preservação
O pedido surge no momento em que governos de 13 países onde tigres ainda existem na natureza se reúnem na Tailândia para discutir a conservação da espécie e como aumentar a população dos felinos.
Fazendas de criação de tigres são encontradas principalmente na China, bem como no Laos, Vietnã e Tailândia. Os proprietários alegam que criar os animais em cativeiros ajuda a reduzir o comércio ilegal de pedaços de tigre, usados na medicina tradicional, mas os ambientalistas dizem que a prática só estimula o contrabando.
"Nossa posição é de que as fazendas de tigre, como prática com animais, são cruéis. Elas estimulam o uso potencial de pedaços de tigre. Isso é extremamente perigoso, porque ajuda a manter a demanda", disse o diretor de programa da Iniciativa Tigre Global, do Banco Mundial, Keshav Varma.
A iniciativa é uma coalizão de 40 grupos conservacionistas, além do Smithsonian Institute. O objetivo é dobrar a população atual de tigres até 2022.
"A Iniciativa Tigre Global, assim como o Banco Mundial, é a favor de que se fechem essas fazendas", disse ele.
O número de tigres na natureza despencou por causa da perda mais de 90% de seu hábitat original e da caça ilegal. De um total estimado em 100 mil no início do século 20, o número hoje é de menos de 3,6 mil.
Apenas a China abriga, acredita-se, 5 mil tigres em cativeiro, e as fazendas prosperam, a despeito da proibição do comércio de produtos derivados desses animais, em vigor desde 1993.
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