18 de novembro de 2014 | 18h50
O Banco do Vaticano, cujo nome oficial é Instituto para as Obras de Religião (IOR, na sigla em italiano), declarou em um comunicado que a medida é “uma consequência da adoção de um sistema antilavagem de dinheiro e de supervisão implementado com sucesso”.
Um porta-voz do Banco do Vaticano disse que o IOR espera que a transferência represente um divisor de águas e que coloque a entidade em um novo patamar nas relações com as instituições financeiras italianas.
O IOR, que foi fundado em 1942, vem sendo assolado por escândalos financeiros ao longo das décadas. O Banco da Itália não respondeu de imediato a um pedido de comentário.
Em 2010, como parte de um esforço global para deter os financiamentos ilícitos, o Banco da Itália ordenou que os bancos do país aprimorassem suas iniciativas contra a lavagem de dinheiro. Como parte da reação, as instituições financeiras italianas reduziram seus negócios com o IOR, esperando que a entidade melhorasse seus padrões.
Em janeiro deste ano, o IOR disse em sua declaração financeira que, com as reformas, a entidade merecia "a retomada da plena interação com instituições financeiras italianas".
(Reportagem adicional de Stefano Bernabei)
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