13 de novembro de 2021 | 18h33
O acordo firmado neste sábado, 13, na Cúpula do Clima (COP-26), em Glasgow dividiu opiniões entre ambientalistas, especialistas e autoridades. O acordo define regras para o mercado global de carbono, mas frustrou em relação ao financiamento de ações por parte países ricos. De última hora, o texto aprovado atenuou as ambições sobre combustíveis fósseis.
COP-26 aprova acordo com regras sobre mercado de carbono, mas avança pouco em financiamento
Veja as reações:
“Os textos aprovados são um compromisso. Eles refletem interesses, condições, contradições e o estado político do mundo hoje. Tomam medidas importantes, mas infelizmente a vontade política coletiva não foi suficiente para superar algumas contradições profundas.”
“Acho que hoje podemos dizer com credibilidade que mantivemos (a meta de) 1,5º C ao alcance. Mas só sobreviveremos se cumprirmos nossas promessas. (...) A história foi feita aqui em Glasgow e agora precisamos garantir que o próximo capítulo mostre o sucesso dos compromissos que assumimos juntos.”
"Ainda há muito mais a fazer nos próximos anos. Mas o acordo de hoje é um grande passo à frente. Temos o primeiro acordo internacional para reduzir o carvão e um roteiro para limitar o aquecimento global a 1,5ºC."
“A COP-26 acabou. Aqui, um breve resumo: blá, blá, blá. Mas o trabalho verdadeiro continua fora dessas salas. E nunca vamos nos render.”
The #COP26 is over. Here’s a brief summary: Blah, blah, blah.
But the real work continues outside these halls. And we will never give up, ever. https://t.co/EOne9OogiR — Greta Thunberg (@GretaThunberg) November 13, 2021
"Quando chegar em casa amanhã, não poderei dizer para a minha filha ficar menos preocupada com o futuro. Apesar de alguns avanços pontuais, decisões fundamentais foram simplesmente adiadas, como se a humanidade tivesse tempo de esperar. O senso de urgência do último relatório do IPCC não existe no texto aprovado pela conferência."
"A regulamentação do mercado global de carbono mostra que o caminho para aumentar ainda mais a ambição climática passa também pela utilização de instrumentos de mercado. A decisão sinaliza um passo importante para uma retomada econômica verde no Brasil porque cria uma oportunidade para o setor empresarial se engajar no comércio global de emissões rumo à neutralidade climática. O Brasil tem uma posição privilegiada, com um dos maiores potenciais de venda de créditos de carbono no mundo."
“É tímido, fraco e o objetivo de 1,5ºC apenas segue vivo, mas manda um sinal de que a era do carbono está acabando. E isso é importante.”
“Devemos reconhecer que o progresso foi feito. Existem agora novas oportunidades para os países cumprirem o que sabem que deve ser feito para evitar uma catástrofe climática."
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.