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Após 40 dias, um dos maiores incêndios no Maranhão é controlado

Fogo destruiu 220 mil hectares de parte da terra indígena Arariboia, o que corresponde a 52% da área de proteção ambiental

Foto do author André Borges
Por André Borges
Atualização:

BRASÍLIA - Depois de quase 40 dias de mobilização, o Ibama finalmente conseguiu acabar com um dos maiores incêndios já enfrentados no País. O fogo destruiu nada menos que 220 mil hectares da região que faz parte da terra indígena Arariboia, no município de Arame, no Maranhão.

Trata-se de uma área equivalente a 220 mil campos de futebol e que corresponde a 52% da área de proteção ambiental, que chega a 420 mil hectares.

Queimada atinge região da terra indígena Arariboia, no município de Arame, no Maranhão. Foto: IBAMA

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Cerca de 300 agentes participaram da operação coordenada pelo Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais do Ibama (Prevfogo). Segundo Gabriel Zacharias, chefe do Prevfogo, agora que a situação está sob controle o contingente deve ser reduzido para cerca de 60 pessoas, para atuar na ronda e acompanhamento da região.

"Foi a maior operação do programa até hoje. O importante é que agora a área está segura", disse Gabriel Zacharias. "Essa é uma das poucas onde ainda existem índios isolados do País. Conseguimos proteger essa área, onde vivem 80 índios isolados."

Com o fim do incêndio, as investigações devem se concentrar nas ações criminosas de madeireiros da região. Segundo o Ibama, há forte indícios de que os próprios madeireiros sejam responsáveis por boa parte dos focos de incêndio, dificultando a ação dos agentes. 

Nessa semana, duas serrarias que usavam madeira de origem ilegal no município de Arame (MA) foram fechadas e duas pessoas foram presas e encaminhadas à Polícia Federal (PF). Dez fornos a carvão que já haviam sido embargados pelo Ibama há dois anos estavam em operação e foram destruídos. 

Há duas semanas, uma equipe de fiscalização do Ibama foi atacada a tiros por criminosos que roubavam madeira da terra indígena Arariboia. O agente ambiental Roberto Cabral, que coordenava a operação, foi baleado no braço direito. A tentativa de homicídio é investigada pela PF. Após o atentado, as ações de combate à extração ilegal de madeira foram intensificadas.

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