26 de março de 2019 | 12h35
Atualizado 27 de março de 2019 | 11h47
SÃO PAULO - Responsável pelo fornecimento de água para mais de dois milhões de pessoas na Grande São Paulo, a represa Billings se deparou no último fim de semana com a morte de milhares de peixes que apareceram boiando na região de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de SP.
De acordo com a Colônia de Pescadores de São Bernardo do Campo Orlando Feliciano, a cena é de "cortar o coração e o culpado precisa ser punido". Pescadores ficaram assustados com a morte de peixes de diversas espécies.
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"Parece um tapete branco, mas são peixes lambaris mortos", destacou a comunidade em um vídeo.
A Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo informou que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) coletou na terça-feira, 26, amostras da água do reservatório para analisar e descobrir o que provocou a morte dos peixes.
Em meio à tragédia, a represa comemora 94 anos de existência nesta quarta-feira, 27. A represa foi idealizada em 1925 pelo engenheiro Billings, funcionário da extinta concessionária de energia elétrica Light.
Atualmente, cerca de 400 pessoas vivem de pesca na região.
Além disso, o local também recebe visitantes nos fins de semana para passeio de barco e almoço.
A represa Billings é considerada como um dos principais reservatórios de água da região metropolitana de São Paulo. Peixes como tilápias, lambaris e traíras são encontrados na região.
A Prefeitura de São Bernardo informa, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal, que acompanhou de maneira fiscalizatória e colaborativa a vistoria da CETESB.
"Amostras de água e demais materiais foram retirados para análise e coleta de dados. Demais informações poderão ser fornecidas após perícia técnica destas amostras, que estão sendo feitas pela Universidade de São Caetano do Sul", reforçou o município.
A administração efetua fiscalização permanente na represa e em toda área de manancial, sendo a qualidade da água responsabilidade da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e gestão do espelho d'água da Empresa Metropolitana de Água e Energia (EMAE).
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