América Central busca sobreviventes de tempestade; há 113 mortos

A Guatemala foi o país mais afetado com ao menos 92 mortos, 54 desaparecidos e mais de 80.000 desabrigados

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Por HERBERT HERNÁNDEZ E DANIEL LECLAIR
Atualização:

Equipes de resgate buscavam nesta segunda-feira, 31, sobreviventes em zonas rurais de difícil acesso na América Central, onde a tempestade tropical Agatha causou fortes chuvas no fim de semana, transbordando rios e provocando deslizamentos de terra que deixaram ao menos 113 mortos. Na Guatemala, país mais afetado com ao menos 92 mortos, 54 desaparecidos e mais de 80.000 desabrigados, socorristas batalhavam em um terreno difícil, além da falta de ferramentas e máquinas para recuperar corpos, enterrados também entre pedras e troncos. "Temos somente o convencional como pás, picareta, porque não contamos com um maquinário para poder fazer as escavações", disse à Reuters Mario Cruz, dos Bombeiros Voluntários, um dos principais corpos de resgate do país.

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Guatemaltecos carregam dois dos 11 corpos da comunidade que padeceram vítimas de um deslizamento de terra na aldeia Santa Apolônia,  a 110 km da Cidade da Guatemala

 

No centro da Cidade da Guatemala, um deslizamento na interseção de ruas engoliu um prédio de três andares e uma casa. A cratera surgiu em decorrência das severas chuvas causadas pela tempestade tropical Agatha, apontaram autoridades locais.

 

Não são conhecidas as causas do escoamento que será estudado.  Moradores culpam o precário sistema de drenagem da cidade que não teria suportado a força da enxurrada. Em abril de 2007, outra cratera parecida na mesma área matou três pessoas.

  Em Honduras morreram 12 pessoas --a maioria arrastada por correntes de rios--, enquanto El Salvador registrava 9 mortos e mais de 10.000 desabrigados. "Estamos trabalhando sem descansar desde que começou a emergência (noite de sexta-feira), mas o principal obstáculo é chegar às aldeias porque os caminhos estão partidos", completou Cruz. Agatha tocou o solo no sábado como a primeira tempestade tropical da temporada de furacões 2010 do Pacífico na fronteira entre a Guatemala e o México, mas à noite virou depressão tropical, causando cortes de energia, inundações e numerosos danos à infraestrutura. Nesta segunda-feira, a tempestade praticamente havia se dissipado e o clima tendia a melhorar na região.

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