A Assembléia da União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), considerada o parlamento planetário do meio ambiente, aprovou nesta terça-feira, 14, uma recomendação aos governos de todo o mundo para que parem de subsidiar a produção de biocombustíveis. Veja também: Príncipe de Mônaco quer Fórmula 1 com biocombustíveis 25% dos mamíferos do mundo correm risco de extinção País vai produzir diesel de cana-de-açúcar a partir de 2010 Embora a proposta original, apresentada por diversas organizações ecologistas, pedisse uma moratória na geração dessa "alternativa" ao petróleo, finalmente o texto foi reduzido a uma petição para que não sejam concedidas ajudas públicas. Esta era uma das iniciativas mais esperadas na Assembléia da IUCN, que reuniu nesta terça-feira, 14, em Barcelona, representantes de governos, ONGs, cientistas e grupos indígenas, e que marcará a agenda da organização para os próximos quatro anos. O presidente do comitê sul-americano da IUCN, Jorge Cappato, lamentou que a moratória não tenha seguido em diante já que, segundo argumentou, existem informes que apontam que os biocombustíveis não são a "panacéia que prometem ser." Cappato ressaltou que se a petição for cumprida e as administrações deixarem de subvencionar a produção deste tipo de combustíveis, será demonstrado que não são rentáveis, e que são uma "fraude e uma mentira" baseada em suas "duvidosas" vantagens. Na jornada desta terça-feira, 14, também foi aprovada outra proposta, patrocinada pela Fundação Proteger, e destinada a alertar a outros governos sul-americanos sobre o impacto ambiental das 190 "macro-infra-estruturas" desenvolvidas por iniciativa da Iniciativa pela Integração da Infra-estrutura Regional Sul-americana (IIRSA), no valor de US$ 23 milhões. A esse respeito, Cappato explicou que em muitos casos se tratam de obras que necessitam de enormes investimentos, cujo objetivo é o desenvolvimento das populações locais.