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Alemanha retoma combustível fóssil

Na contramão, país inaugura nova usina movida a carvão linhita, ‘avô’ do gás-estufa

Por LOS ANGELES TIMES
Atualização:

Boa parte da Europa busca fontes renováveis de energia, mas, no Vale do Reno, onde reina o carvão, a pequena cidade de Holz tornou-se mais uma vítima dos combustíveis fósseis. Três usinas de energia movidas a carvão linhita – o avô dos emissores de gases-estufa – arrotam mais de 64 milhões de toneladas de CO2 todo ano, o maior índice da Europa. Mas parecerá pouco quando for inaugurada a gigantesca usina que promete ser uma das maiores do mundo. Para abastecê-la, uma mina aberta, de 80 km2, será realocada para o oeste, engolindo Holz e a vizinha Pesch. A União Européia adotou alguns dos padrões de emissão de carbono mais abrangentes do mundo, e a Alemanha liderou a busca por energia renovável. Mas, conforme aumentam os preços do combustível e a Europa torna-se mais aflita quanto ao domínio russo das reservas de gás natural, o antiquado carvão está retornando. Há planos de construir 40 usinas na Europa em cinco anos. As empresas energéticas dizem que as novas usinas de alta eficiência poderiam reduzir as emissões ao gastar menos combustível. O efeito, porém, depende da desativação das antigas, mais poluentes, e do aperfeiçoamento do processo de captura e armazenamento de carbono.

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