04 de maio de 2011 | 09h04
BRASÍLIA - O relator do projeto que modifica o Código Florestal, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), disse na terça-feira, 3, que poderá alterar a proposta que apresentou na segunda-feira, 2. "Houve mais uma prova do vestido da noiva e demonstrou-se que precisa de mais um ajuste antes do casamento", afirmou Rebelo após participar de uma reunião no Palácio do Planalto.
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"Vou analisar as ponderações e, na Câmara, encontro a forma mais adequada para que tanto o governo seja representado no relatório, como também a própria base do governo."
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou, sem dar detalhes, que ainda há muitos pontos de divergência, como o item que trata da propriedade familiar. No relatório apresentado por Aldo Rebelo a agricultura familiar é definida apenas pelas propriedades com área até quatro módulos fiscais, no entanto, opositores do Código Florestal acreditam que isso poderia beneficiar, além dos pequenos produtores, os grandes agricultores.
Vaccarezza e Rebelo reuniuram-se na terça-feira, 3, com ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, representantes do Ministério do Meio Ambiente e da Casa Civil.
Os ministros Rossi, do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florense, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira estiveram reunidos com as bancadas dos partidos em busca de convergência em torno da proposta de mudança do código. Depois da reunião fechada com a bancada do PT, Izabella disse que o relatório, "ainda guarda uma distância da proposta do governo".
Segundo a ministra, a votação ainda depende de negociações. "Não há intenção de se adiar a votação. Estamos buscando convergência e manteremos esse espírito de convergência com o relator Aldo Rebelo".
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