
30 de abril de 2010 | 11h20
Mesmo em eventos extremos como catástrofes naturais, é comum que a ajuda humanitária esbarre em questões delicadas, como a soberania nacional.
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Um exemplo recente aconteceu no desembarque dos americanos no Haiti, que assumiram o controle do aeroporto de Porto Príncipe e substituíram a bandeira haitiana pela do seu país.
O episódio provocou críticas na comunidade internacional pelo simbolismo e pelos antecedentes – os Estados Unidos ocuparam o Haiti entre 1915 e 1934.
Outro exemplo foi o do terremoto no Chile. O governo demorou a pedir ajuda internacional, temendo ser visto como incapaz de lidar com a crise.
A situação foi bem mais grave em Mianmar, em 2008. Mesmo enfrentando os efeitos de um ciclone devastador, que causou milhares de mortes, o governo impediu a entrada no país de ONGs e missões de outros países. Temia os efeitos da presença estrangeira sobre um dos regimes mais fechados do mundo.
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