Agência holandesa reconhece autoria de erro em relatório sobre clima

Erros do relatório não invalidam conclusão geral sobre mudança climática, diz entidade

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Por Redação
Atualização:

Uma importante agência ambiental holandesa, assumindo responsabilidade pela autoria de um erro grosseiro  que atingiu a credibilidade de um importante relatório das Nações Unidas sobre a mudança climática, disse ter encontrado outros pequenos erros no texto e pediu que o comitê da ONU seja mais cuidadoso. 

 

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Mas a revisão feita pela Agência Holandesa de Avaliação Ambiental alega que nenhum dos erros afeta a conclusão fundamental do comitê de cientistas da ONU: de que o aquecimento global causado pela atividade humana já está acontecendo e ameaça a vida e o bem-estar de milhões de pessoas.

 

Erros encontrados no relatório de 3.000 páginas do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC) alimentaram uma atmosfera de descrença contra os cientistas que advertem há anos para o risco de as emissões de gases causadores do efeito estufa, causadas por atividade econômica, poderiam vir a ter consequências catastróficas.

 

Os erros puseram os pesquisadores na defensiva às vésperas de uma importante cúpula política para tratar da questão, realizada no fim do ano passado em Copenhague.

 

Mas as conclusões fundamentais do IPCC continuam a ser válidas, disse  Maarten Hajer, diretor da agência holandesa. Segundo ele, o relatório do IPCC não é um castelo de cartas que desmorona ao menor erro, mas mais como um quebra-cabeças com inúmeras peças. "os erros não afetam o quadro geral", disse ele.

 

A agência holandesa aceitou responsabilidade por um dos erros do IPCC, ao informar, em 2005, que 55% do território holandês se encontra abaixo do nível do mar, quando a proporção correta é 26%. O relatório deveria ter dito que 55% está sujeito a inundações.

 

O erro ocorreu quando os dados de um relatório mais detalhado foram resumidos. "Algo se perdeu e não foi notado", disse Hajer.

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