É o que mostra o estudo Carbon Connections, realizado pela empresa de consultoria Accenture, que aponta cinco grandes tendências no segmento de tecnologia aliada à redução das emissões de carbono. Entre elas, estão a desmaterialização (sistemas de telepresença, que eliminam a necessidade de viagens e deslocamentos), as redes eficientes de distribuição de energia e a manufatura inteligente, onde perdas são controladas pela automação.
O impacto do uso dessas tecnologias nas emissões de carbono é significativo, e podem representar 2,4% da meta de redução das emissões nos países da União Europeia. Até 2020, os países da UE devem reduzir suas emissões em 20%, e para isso estão sendo feitos investimentos vultosos na área de geração de energias renováveis. Mas a tecnologia de smart grid, por exemplo, pode responder por até 70% da redução nas emissões de gases poluentes, pois evita perdas no sistema de distribuição de energia.
Embora o relatório tenha sido baseado no mercado europeu, a maior parte das tecnologias já estão presentes no Brasil, e podem igualmente auxiliar as empresas no combate ao desperdício de energia e às mudanças climáticas. "O setor de TI, além de baixo emissor de carbono, tem a capacidade de auxiliar outros setores a reduzir seus custos e impactos ambientais", afirma Petrônio Nogueira, líder para área de telecomunicações e alta tecnologia da Accenture.
O estudo aponta que outras duas grandes tendências do segmento de TI são a de logística inteligente - que reúne as tecnologias de rastreamento via satélite -, e as cidades inteligentes, onde processos como controle de tráfego, iluminação pública e distribuição de água também são feitos por controles automatizados. "Em maior ou menor grau, são tecnologias já conhecidas e que estão em expansão no Brasil."