Em tempo: redução da poluição rende R$ 38 milhões a São Paulo

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Por Rodrigo Martins
Atualização:

A Mercuria Energy Trading, empresa suíça de energia com sede em Genebra, arrematou os créditos de carbono colocados à venda no segundo leilão realizado ontem, em São Paulo, na BM&F Bovespa. Foram ofertados 713 mil títulos, que correspondem às emissões de poluentes que deixaram de ser lançadas na atmosfera pelos aterros sanitários Bandeirantes e São João, em São Paulo.

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A companhia suíça pagou 19,20 euros por tonelada de carbono. Os 713 mil títulos negociados são referentes aos gases do lixo em decomposição nos aterros sanitários Bandeirantes e São João, ambos em São Paulo. Esses gases, sendo o principal deles o metano - um dos principais causadores do efeito estufa - são canalizados e geram eletricidade nas usinas termelétricas instalados nos dois aterros.

Com a venda, a Prefeitura de São Paulo embolsará 13,689 milhões de euros, aproximadamente de R$ 37 milhões de reais. Dez instituições, entre bancos e empresas de energia, participaram do leilão. Segundo o secretário de Finanças da Prefeitura de São Paulo, Walter Aluisio Morais Rodrigues, o preço alcançou as expectativas, uma vez que havia o temor de que a atual crise no mercado financeiro influenciasse o interesse dos investidores. "De fato, houve uma mudança no perfil dos compradores. Este ano participaram mais empresas de energia do que grupos financeiros", disse o secretário.

De acordo com o prefeito Gilberto Kassab - que aproveitou o leilão para fazer campanha eleitoral - os recursos serão investidos em melhorias ambientais e de saneamento nos bairros de Perus e São Mateus, vizinhos aos dois aterros. "Mas só serão aplicados pela próxima adminstração", avisou.

 Foto: Estadão
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