Os gadgets e outros aparelhos eletrônicos já correspondem por 15% do consumo doméstico em todo o mundo. Até 2030, a conta de energia do mundo será de US$ 200 bilhões ao ano, o equivalente a um consumo de 1.700 terawatt/hora (o que corresponde ao consumo atual dos Estados Unidos e Japão juntos, dois países que figuram como os mais eletrointensivos do mundo.)
Paul Waide, analista da IEA, afirma que o crescimento maior do número de eletroeletrônicos se dará nos países em desenvolvimento, onde o consumo de modo geral cresce a taxas mais aceleradas e há menos políticas de eficiência energética. Existe também o problema dos aparelhos eletrônicos de qualidade inferior e, portanto, menos econômicos."Isso vai colocar em risco os esforços para aumentar a segurança energética do mundo e para reduzir a emissão de gases estufa", afirmou a agência.
A tecnologia é bem-vinda - afinal, sem esses equipamentos não teríamos esse canal de contato -porém as indústrias têm responsabilidades nesse processo, que nem sempre estão dispostas a arcar. Uma é produzir aparelhos de consumo reduzido. Outra é diminuir a chamada 'obsolescência programada' (a data de 'validade' de um produto, que é cada vez mais reduzida, em nome do aumento do consumo) e outra é a responsabilidade pelo bem ao final de sua vida útil. (A respeito disso, veja nossa reportagem - "Empresas recolhem equipamentos usados".)
Em tempo: peço desculpas aos leitores pela ausência prolongada. Estou trabalhando no nosso próximo especial Vida& Sustentabilidade, que circula nos jornais Estado e Jornal da Tarde nesta sexta-feira, 15/05. Vocês saberão mais por aqui.