Ebay lança site de produtos verdes - e tem brasileiros lá

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Por Rodrigo Martins
Atualização:

Lá, podem ser encontrados de comida a joalheria e instrumentos musicais. Os produtos são reunidos em quatro grupos: Bons para o planeta; Bons para as pessoas; Amigos dos animais e Apoiadores de causas. E o interessante é que há uma razoável oferta de produtos brasileiros - dá para pesquisar produtos por país. Há bolsas e outros acessórios feitas com invólucros de latinhas de alumínio reciclado por comunidades do Rio; artigos de prata, muito artesanato.

Pesquisando por aqui, não encontrei canais de venda com proposta parecida. Uma exceção talvez, mas com objetivo diferente, é o Catálogo Sustentável da FGV, que lista vários produtos com esse perfil que estão disponíveis no mercado nacional.

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Quem souber de canais de venda de produtos 'verdes' pela internet no Brasil, me avise que terei prazer em divulgar por aqui.

Tendência

A febre dos produtos com apelo socioambiental está ganhando cada vez mais força, a respeito da crise econômica que assombra os países ricos. Foi o que apontou uma pesquisa realizada a pedido da rede de varejo The Body Shop, que ouviu 9,5 mil pessoas nos Estados Unidos e outras 6 mil no Canadá. Nos EUA, 76% dos entrevistados afirmaram que hoje levam mais em conta a responsabilidade socioambiental das empresas na hora de comprar do que há cinco anos atrás. Outros 39% disseram que a ética empresarial é um critério efetivo na tomada de decisões de suas compras do dia-a-dia.

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Criada no Reino Unido ainda na década de 1970, a The Body Shop ganhou notoriedade por adiantar muitos dos pilares da chamada responsabilidade social corporativa para o segmento de cosméticos, antes mesmo da estratégia virar moda entre as empresas.

Começou banindo testes em animais, fazendo acordos comerciais com comunidades antes excluídas do sistema (inclusive com índios brasileiros)e se engajando em um sem-número de causas sociais. Um pouco da história da empresa pode ser conhecido no livro de sua fundadora, Anita Roddick, Meu Jeito de Fazer Negócios, com edição no Brasil. Anita morreu há um ano, aos 64 anos, mas já estava afastada do comando da empresa, que em 2006 foi vendida à gigante dos cosméticos L'Oreal.

Agora, a empresa quer aproveitar o bom momento dos produtos com apelo socioambiental e ressaltar sua herança 'verde' em uma grande campanha.

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