O Pantanal continua sofrendo com intensos focos de queimadas. Pelo terceiro mês seguido, o bioma úmido, pouco acostumado com incêndios, alcança números expressivos. Até este domingo, 27, foram registrados 1.269 focos desde o dia 1º do mês, ante 120 no mesmo período do ano passado - impressionante alta de 957% .
Houve uma queda em relação a setembro, quando foram registrados 2.887 focos, e bombeiros de outras regiões foram chamados a ajudar no combate ao fogo, mas é o número mais alto para o mês desde 2007, quando outubro inteiro tinha apresentado 1.481 focos.
As queimadas de setembro deste ano já tinham sido 267,7% maiores do que as de setembro de 2018 e foram devastadoras. E agosto, com 1.690 focos, tinha superado em 514% o mesmo mês do ano passado. Os dados são do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Relatos de biólogos e ambientalistas apontam que o problema maior neste momento está no Pantanal Sul.
Em setembro, reservas ecológicas foram queimadas, ameaçando programas de conservação da arara-azul.
De 1º de janeiro até este domingo, foram computados no Pantanal, bioma que se estende por Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, 7.321 focos de incêndios. O mesmo período do ano passado teve somente 1.504 focos - aumento de 386%. É o mais alto número de queimadas desde 2007, quando houve 9.438 focos para o período.