Giovana Girardi
12 de novembro de 2013 | 16h16
A Polônia, sede da Conferência do Clima, e portanto com a função de ajudar a destravar negociações e facilitar na busca por soluções para dilemas, foi agraciada nesta terça com um prêmio que traduz exatamente o oposto disso tudo. O país ganhou o “fóssil do dia”, ironia concedida pela Rede de Ação Climática (CAN, ou Climate Action Network) todos os dias durante a COP para a nação que mais tem impedido avanços nas discussões.
De acordo com os ambientalistas, os motivos são vários, entre eles:
– A contínua oposição da Polônia em aceitar que a União Europeia, como grupo, assuma ações contra as mudanças climáticas mais ambiciosas.
– Sediar paralelamente à COP uma cúpula sobre carvão, mas não organizar nenhum debate sobre oportunidades em energias renováveis.
– Convidar companhias poluidoras que abertamente se opõem a ações mais ambiciosas como financiadoras da COP.
Para a organização, o país está confundindo sua posição nacional com a que deveria tomar como anfitrião da conferênia. O governo polonês não se manifestou sobre as críticas.
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